Cinema 2019 – Os Melhores (e piores).

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Já há uns anos que não fazia uma lista de melhores do ano, mas este ano, talvez por termos completado 10 anos de actividade, resolvi retomar uma tradição dos nossos primeiros 5 anos, até porque é um exercicio de memória revigorante. Assim sendo, vou começar por mencionar aqueles que, para mim, foram os piores filmes ou as maiores desilusões do ano. Ainda farei algumas menções honrosas, antes da lista dos 10 melhores.

Os Piores.

Como sempre, como o tempo não é muito, tento ser selectivo nos filmes que escolho para ver. É por isso que as escolhas de piores do ano são relativas a filmes que prometiam muito, mas que não cumpriram por várias razões. A curta lista, sem ordem específica, é a seguinte…

Hellboy” de Neil Marshall.

Frustradas as intenções de Guillermo Del Toro voltar ao universo de Mike Mignolla, um reboot dirigido pelo realizador de “The Descent” ou “Doomsday” e protagonizado pela estrela de “Stranger Things” parecia uma boa idéia. Mas, um guião desleixado, efeitos especiais pouco realistas, um ritmo desiquilibrado e actores desinspirados, fizeram deste “Hellboy” um sacrificio e uma desilusão tremendos.

Classificação: ★★★★

Rambo: Last Blood” de Adrian Grunberg.

Sou um fã de Sylvester Stallone e da sua ‘teimosia’ em revisitar as suas personagens mais icónicas. “John Rambo“, a sua anterior revisita à personagem foi compensadora, sendo o 2º melhor filme da saga, atrás de “First Blood“. As espectativas eram altas, com o realizador do competente “Get The Gringo” ao leme. Mas a storyline é absurda, o argumento é inverosímil, a personagem está fora do seu ambiente e tudo isto parece forçado e desinteressante. Até o terceiro acto, uma orgia de violência e mutilação como há muito não via, parece despropositado e absurdo, não conseguindo mesmo ser minimamente estimulante. E chamar a isto o “Home Alone” para adultos é um insulto à memória de John Hughes.

Classificação: ★★★★

Midsommar” de Ari Aster.

Resolvi dar uma 2ª hipótese a Ari Aster, depois de ter sido uma das poucas pessoas a detestar o “Hereditary“, pelo qual tenho mesmo um ódiozinho de estimação. E isso acontece porque tinha tudo para ser um bom filme, com bons momentos de cinema de género, mas acaba por desbaratar tudo num final estúpido e inconsequente. E o pior é que “Midsommar” padece dos mesmos males sem ter sequer os bons momentos de cinema de género. Há um ou outro apontamento interessante, perdidos num marasmo cinematográfico pachorrento, sem chama (que “Hereditary tinha na 1ª metade), e com quase 2 horas e meia de duração para uma estória que serviria bem uma curta-metragem.

Classificação: ★★★★

The Dead Don’t Die” de Jim Jarmush.

Ter de pôr este filme nesta lista é daquelas coisas que me doem na alma. Porque gosto de Jim Jarmush, que esta década nos tinha dado excelentes obras como “Only Lovers Left Alive” e “Paterson“, e porque tem um dos melhores elencos do ano, completamente desaproveitado num argumento simplório, previsível e inconsequente. Todo o filme parece estar em piloto automático, desde a crítica política e social a meio gás, referências coxas a filmes e cineastas do género (não é por referir George Romero e os seus filmes 10 vezes que este se torna tão bom quanto eles) e até o humor básico que falha em ter graça e estende o filme ao comprido. Romero era um mestre da crítica porque a disfarçava, dava-lhe subtileza. Jarmush repete-a até à exaustão, sem lhe dar profundidade nem contexto. E o final parvo mostra que Jarmush não aprendeu nada com o último Indiana Jones. E é pena.

Classificação: ★★★★

Menções Honrosas.

Crawl” de Alexandre Aja.

Alexandre Aja é um cineasta inconstante, capaz do melhor e do pior, a maioria das vezes dentro do mesmo filme. E este tem provavelmente a premissa mais inverosimil de todos os seus filmes, mas Aja acerta no tom que imprime à narrativa e entrega um produto de género competente, espairecedor e que cumpre na íntegra aquilo que promete. Claro que tem todos os clichés do género, e Aja não os contorna a todos, mas quando o faz, compensa. E o ponto mais forte do filme é a sua fotografia, criativa e inspirada. Um bom e despretensioso divertimento.

Classificação: ★★★½

The Lighthouse” de Robert Eggers.

Robert Eggers já tinha entusiasmado com a sua obra de estreia “The VVitch: A New-England Folktale“, e volta a fazê-lo, debruçando-se novamente sobre outra lenda (ou conto folclórico), com “The Lighthouse“. Mais uma vez, aquilo que emerge desta obra é inquietação. Tudo o que a compõe intensifica-a, desde as sublimes interpretações de Robert Pattinson e Willem Dafoe, até ao desenho de produção, fotografia (apesar de ser um pouco exagerada na formatação), desenho de som ou montagem. Eggers volta a demonstrar controlo absoluto sobre o material (algo que faltou a todos os realizadores da lista anterior), quer na gestão do ritmo narrativo, como na optimização de meios técnicos e artísticos para o expôr da melhor forma. Infelizmente, este filme não teve (nem está ainda prevista) estreia comercial em Portugal, tendo sido exibido apenas no Lisbon & Sintra Film Festival.

Classificação: ★★★★

The Head Hunter” de Jordan Downey.

Mais um filme que não teve (nem está previsto ter) exibição comercial em Portugal, tendo sido apenas exibido no último Fantasporto. Já escrevi sobre o mesmo aqui, portanto não me vou alongar muito. É hipnótico, minimalista, poético e intenso, e vale a pena ver, para quem gosta do género.

Classificação: ★★★★★

“Tõde ja õigus” (“Truth And Justice“) de Tanel Toom.

Permitam-me que, neste caso, faça um bocadinho de batota. “Tõde ja õigus” não foi exibido em Portugal e não está previsto que seja, pelo menos por enquanto, mas vou aproveitar para chamar a atenção para ele, por várias razões. A primeira é que conheci o Tanel Toom no festival Porto7 em 2012, quando ele cá veio apresentar a sua curta-metragem nomeada para o Óscar, “The Confession” (sobre a qual escrevi aqui). Foi logo evidente o enorme talento que ele tem, e fiquei na expectativa de ver uma das 3 longas-metragens que ele me disse na altura que estava a preparar. Foi com agrado, que por volta de Fevereiro ou Março do ano passado (2019), vi que ele partilhou nas redes sociais artigos que davam conta de que esta sua primeira  longa-metragem era o filme mais visto de sempre no seu país natal, a Estónia, ultrapassando o “Avatar“, do James Cameron. Fiquei logo em pulgas para o ver, o que só aconteceu em Novembro, e fiquei agradado por corresponder às minhas expectativas. “Tõde ja õigus” é um épico familiar de 2 horas e 45 minutos, sobre um homem jovem que compra um péssimo terreno na esperança de o transformar numa próspera fazenda e ali criar a sua familia, e que abranje as várias décadas seguintes. A atenção ao pormenor é extraordinária, com um trabalho de fotografia do melhor que vi este ano. Qualquer frame deste filme pode ser impresso e pendurado na parede, tal é a sua beleza. Em termos narrativos, tem um ritmo pausado, mas não lento, o certo para absorvermos e desgustarmos toda a informação que nos é servida. Grandes interpretações, fabulosa banda-sonora, um cuidado extremo na realização e um daqueles filmes que requerem uma enorme coragem para 1ª longa-metragem (a fazer lembrar, nesse aspecto, o “Dances With Wolves” do Kevin Costner). Valeu a pena esperar 7 anos. Fica na lista das menções honrosas, apenas por não ter estreado em Portugal. Entretanto, e porque está nos 10 finalistas para a nomeação ao Óscar de melhor filme estrangeiro, pode ser que tal ainda aconteça. Deixo-vos aqui o link para o canal do Tanel no vimeo, onde podem ver duas excelentes curtas anteriores, “The Confession” e “The Second Coming“, entre outros trabalhos.

Classificação: ★★★★½

Os Melhores.

#10 – “Dolor y Gloria” de Pedro Almodóvar.

Dolor y Gloria - Poster

Almodóvar não é um estreante nestas minhas listas dos melhores do ano, e o seu autobiográfico “Dolor y Gloria” volta a confirmá-lo como um dos grandes autores actuais (se ainda restava alguma dúvida). Talvez por ser assumidamente autobiográfico, há uma nostalgia latente ao longo de todo o filme, que lhe dá um tom mais melancólico, que contrasta visualmente com os seus tons fortes habituais. É, acima de tudo, uma viagem sentimental aos momentos que o formaram. Terno, triste, mas sobretudo conciliador consigo próprio, conta como seu alter-ego com um António Banderas no seu melhor.

Classificação: ★★★★

#09 – “Doctor Sleep” de Mike Flanagan.

Doctor Sleep - Poster

Já todos sabem o quanto eu gosto do Mike Flanagan, mas este é talvez o filme dele em que eu estava mais céptico e curioso. A tarefa era difícil, como se sabe Stanley Kubrick desviou-se muito do livro original na sua adaptação de “The Shinning“, a ponto de fãs do livro, e o próprio Stephen King abominarem a obra. Havia portanto de adaptar a sequela do livro, mantendo-se o mais fiel possível e respeitando igualmente a obra de Kubrick, a ponto de reconciliar os fãs de King com o filme original. O certo é que a tarefa foi bem sucedida. Flanagan conseguiu que os fãs do filme que não leram o livro não se sentissem perdidos nas referências que Kubrick cortou, e que os fãs do livro tivessem finalmente relação do filme com o universo do livro. E cinematográficamente resulta muito bem. As revisitas ao universo do filme original são extremamente bem conseguidas, recriando na perfeição o Overlook Hotel (o Hotel onde foi filmado originalmente já não existe) e os acontecimentos criados por Kubrick. Ewan McGregor e Rebecca Ferguson são excelentes, assim como os actores que recriaram as personagens do original. O ritmo narrativo é muito bom (mais uma vez, entre o livro e o filme originais), com um ambiente tenso e nostálgico ao mesmo tempo. Mais um excelente trabalho de Flanagan que, não sendo o seu melhor, ganha pontos extra pela dificuldade.

Classificação: ★★★★

#08 – “The Favourite” de Yorgos Lanthimos.

The Favourite - Poster

Pouco mais há a dizer de um filme que estreou há quase um ano (é originalmente de 2018) e foi nomeado para 10 óscares o ano passado. Lanthimos impõe o seu estilo aos filmes de época, criando um objecto estranho (que se entranha), mas que se adequa na perfeição ao que nos é narrado. O trio de protagonistas é excelente (com destaque para Olivia Colman, que venceu merecidamente o Óscar de melhor actriz), assim como a recriação de época, nos cenários e guarda-roupa. O destaque contudo vai para a fotografia de Robbie Ryan, deconcertante e inusitada, e que confere ao filme uma hipnótica singularidade.

Classificação: ★★★★

#07 – “The House That Jack Built” de Lars Von trier.

The House That Jack Built - Poster

Esta é a altura em que me arrependo de ter adjectivado o filme anterior como estranho. Lars Von Trier é outro dos repetentes nas minhas listas, e realmente o homem não se cansa de me surpreender. Não esperava muito deste “The House That Jack Built“, mas desde os primeiros minutos estava conquistado. A forma como a mente retorcida de Von Trier nos apresenta este serial killer é, no mínimo, arrepiante. O grau de sadismo e falta de moralidade atinge aqui um novo pico. Sim, “The House That Jack Built” é, a espaços, dificil de suportar, mas Dillon consegue encontrar humanidade neste monstro para nos manter por perto, apenas para nos castigar outra vez. Mais uma vez, Von Trier choca, mas aquilo que é estranho é que nunca parece gratuito, nem na forma nem no conteúdo. E que conteúdo! As referências filosóficas e artísticas são tantas que começamos a questionar a sanidade de tudo e todos, inclusive de nós próprios. Pode não se gostar de Von Trier, das suas idéias ou do seu estilo, mas é impossível não o respeitar como artista irreverente e inconformado, a que ninguém fica indiferente.

Classificação: ★★★★

#06 – “The Irishman” de Martin Scorsese.

The Irishman - Poster

Martin Scorsese é outro dos habituées destas minhas listas, e é triste que não tenhamos podido ver esta obra nos nossos cinemas. Sinal dos tempos, “The Irishman” estreou directamente em nossas casas, via Netflix. É o seu regresso ao filme de gangsters, novamente baseado numa história verídica e com os suspeitos do costume… mais Al Pacino. A questão que se impunha é se haveria algo mais para contar neste universo, mas Scorsese troca-nos as voltas e a pergunta: haverá outra forma de contar as mesmas histórias? E é essa reinvenção, essa energia criativa e rejuvenescedora que faz com que Scorsese seja sempre pertinente. E não interessa nada se os efeitos especiais supostamente inovadores são credivéis ou não, cada um exercita o que quer e como quer, desde que não distraia do que é essencial, claro. No meu caso isso não aconteceu, o que é estranho para um filme de 3 horas e meia. Ou, tratando-se de Scorsese, talvez não. É a tal questão da pertinência.

Classificação: ★★★★½

#05 – “Joker” de Todd Phillips.

Joker - Poster

Sim, “Joker” foi uma das surpresas do ano, para mim. Mas nós nunca esperamos um murro no estômago, não é? E sim, as influências de “Taxi Driver” e outros não me incomodaram. O que me interessa é o resultado final, e esse é um estudo psicológico e aprofundado de uma personagem que pensávamos que conhecíamos. Com um tour de force de Joaquin Phoenix, a levar o filme às costas (literalmente) e a revitalizar a personagem que pensávamos ter morrido com Heath Ledger. Há demasiadas variantes que deixavam antever que “Joker” fosse apenas mais um filme, mais uma versão. Mas nunca um filme de super-heróis (ou vilões) foi tão crú, tão visceral e tão humanamente doentio. Phillips teve visão em aproveitar o universo da DC Comics para este estudo de personalidade que, ao contrário do que muitos pensam, não é um sinal dos tempos. Não há aqui política, há humanidade. “Joker” não é divertido, não tem fogo de artifício ou montanhas-russas (sim, sou team Scorsese), mas usa o ecrã como um espelho, e isso assusta muita gente.

Classificação: ★★★★½

#04 – “Once Upon A Time In Hollywood” de Quentin Tarantino.

Once Upon A Time In Hollywood - Poster

Há precisamente 10 anos, quando fiz o primeiro top anual, Quentin Tarantino ocupou o 1º lugar com o seu “Inglorious Basterds”. Escrevi bastante sobre o filme, ainda o considero o melhor dele, mas lembro-me que aquilo que me mais me fascinou foi a forma como Tarantino reescreveu a história, corrigindo-a. Na altura pensei que não tardaria muito a que outros fizessem o mesmo, que esse descaramento se tornasse moda. Mas não, foram precisos 10 anos para que fosse o próprio Tarantino a repetir a façanha. E isso quer dizer muito. Mas o que mais impressiona neste “Once Upon a Time In Hollywood” é que, depois de 2 filmes menores (relativamente ao resto da sua cinematografia) nesta década, Tarantino ter tido a coragem de se reinventar a ele próprio. O ritmo frenético foi trocado pela contemplação, pelo espaço para respirar, absorver, assimilar. Continua a ser violento, claro. E a escrever diálogos fabulosos e extensos. Mas não deixa de ser curioso que a personagem que provavelmente ficamos a conhecer melhor, seja a que fale menos. Pode ser maturidade. Pode ser nostalgia. Já não pode é ser o penúltimo filme dele.

Classificação: ★★★★½

#03 – “Toy Story 4” de Josh Cooley.

Toy Story 4 - Poster

Depois de “Toy Story 3” ninguém pensou precisar de mais um. Estava feito, acabado. E não houve quem não pensasse, quando este “Toy Story 4” foi anunciado, que era apenas a Disney a espremer mais uma teta, a tentar sacar cada dólar que ainda aqui restava. Como estávamos errados. A Pixar puxou dos galões e, mais uma vez, elevou a fasquia da franquia. É incrivel como ao 4º filme se consegue ainda ter tanta criatividade. Não só ao nível visual e artístico, mas sobretudo ao nível do argumento. “Toy Story 4” é empolgante, divertido, enternecedor, triste e esperançoso. Ainda é. E é por ser esperançoso que eu quero mais um.

Classificação: ★★★★★

#02 – “Gisaengchung” (“Parasite“) de Bong Joon Ho.

Gisaengchung - Poster

Sendo um habituée do Fantas, conheço bem o cinema sul-coreano, sendo mesmo um fã dessa cinematografia. Conheço portanto bem o Bong Joon Ho desde o “The Host“, e até o “Haemoo“, que ele não realizou mas escreveu, e que abriu o Fantas em 2015. Mas, mesmo assim, confesso que não estava preparado para a obra-prima que é este “Gisaengchung“. Filme fascinante, em camadas, que vão desde a critica social, estudos de personalidade, capitalismo, socialismo e até o próprio caos, tudo tem lugar numa magnífica moradia criada de propósito para o filme. E se o filme se passa maioritariamente nesta ‘bolha’, a sua relação com o exterior também é importante e bem qualificada. Joon Ho tece uma intricada tapeçaria de enganos que nos vai envolvendo e enredando, tornando-nos cúmplices passivos e espectantes. Tornamo-nos parte da escalada e, consequentemente, da queda. E a importância da arquitectura, horizontal para contrastar com a verticabilidade da narrativa, como se fossem dois eixos dependendentes, inseparávéis. Até o final, contestado por muitos, é perfeito. Etéreo. Poético. Arrebatador.

Classificação: ★★★★★

#01 – “Marriage Story” de Noah Baumbach.

Marriage Story - Poster

Tem menos de um mês, desde a sua estreia mundial na Netflix, e desde então não me sai da cabeça. O título engana. Deveria ter “End Of” antes. “Marriage Story” é cruel, como o são as relações que acabam. Ou mesmo algumas das que não acabam. O que é interessante é que parece haver um lado definido para nós. Temos de tomar partido por alguém. Só que não. Aquilo que fica, a remoer cá dentro, diz-nos que não. Noah Baumbach assume (avisa) que isto é em parte autobiográfico, ou seja, tendencioso. Deturpado. Falso. Só que não. É verdadeiro, e como tal, violento. Faz-nos crer, desde o inicio, que estamos a ver uma acção e não uma reacção. A culpa, a existir, é repartida. Só que não. É empurrada, rejeitada e imposta. E formam-se exércitos. E vai-se à guerra e perde-se. Sempre. É seco, crú e visceral. Aquelas personagens somos nós. Ou nossos amigos, familiares, conhecidos, clientes, etc. Aquele microcosmos somos nós. Todos. Por tudo isto, “Marriage Story” é sublime. Além de cruel, claro. E verdadeiro. E lembra-nos que não estamos acostumados à verdade. “Marriage Story” não é o que é, é o que fica. (Nota-se muito que já passei por isto?)

Classificação: ★★★★★

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