Fantasporto 2014 – Dia 3.

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Dia 3

Drunker Than a Skunk” de Bill Plympton.

Foi a segunda participação de Plympton neste Fantas, com uma curta que adapta um poema de Walt Curtis, “The Time the Drunk Came to Town and Got Drunker than a Skunk, or So He Thought”. Mais uma vez, vale pelo estilo da animação e pela forma como Plympton usa os gags visuais para contar a estória. No entanto, neste caso, soube a pouco.

Classificação: 2.5/5

Sparks” de Todd Burrows e Christopher Folino.

Este foi um dos filmes mais fracos do Fantas, uma adaptação de BD, sem brilho, meios ou imaginação, numa estória repleta de clichés e um herói sem carisma nem personalidade. Os efeitos especiais são tão fracos que chegam a ser ridículos e nem as prestações dos veteranos Clint Howard e Clancy Brown salvam esta desgraça.

Classificação: 1/5

Kung Fu Divas” de Onat Diaz.

Filme Filipino, que começa muito bem, como uma comédia de costumes, acerca de uma cabeleireira que é a única da família que ainda não tem o título de miss da sua ilha. Quando finalmente está tudo preparado para que ganhe, chega uma belíssima desconhecida que lhe ameaça roubar mais uma vez a coroa. Até aqui, o filme estava a ser uma bela comédia irreverente, o problema é que quis ir por outros caminhos e meter tudo no mesmo saco, misticismo, feitiçaria, artes marciais, etc., resultando num filme que roça o absurdo, é demasiado longo e não consegue equilíbrio narrativo para chegar onde quer. Quando volta, a espaços, à storyline inicial consegue ser muito divertido, e vale por isso e pela fotografia.

Classificação: 2.5/5

Pecado Fatal” de Luís Diogo.

A grande surpresa até agora veio de onde menos se esperava, de um filme português (ainda para mais com um título enganador e infeliz). É um filme consistente, com uma estória surpreendentemente sólida, diálogos excelentes e naturais, boas interpretações (com destaque para a belíssima Sara Barros Leitão que leva o filme às costas) e uma realização competente e honesta. Merece ser visto o mais possível e aconselha-se a todos aqueles que dizem que o cinema português é chato, não tem estória e não é natural. Estreia a 24 de Abril e merecerá uma crítica mais completa daqui a uns dias.

Classificação: 4/5

Cold Comes The Night” de Tze Chun.

Era grande a expectativa em torno deste filme, principalmente pela sua dupla de protagonistas, Alice Eve e Bryan Cranston, num thriller que se queria tenso e sólido. E se na parte da tensão a coisa corre menos mal, na solidez narrativa o filme descamba e perde-se em clichés e inverosimilhanças (se alguém me conseguir explicar como se esconde um saco de desporto cheio de dinheiro num auto-rádio, eu agradeço), mas principalmente em personagens pobres e previsíveis, que não aproveitam o talento dos actores, notando-se mais em Cranston. Porque carga de água é que ele tem aquele sotaque e nunca tira os óculos escuros? Quem acompanhou “Breaking Bad” sabe do que ele é capaz, mas aqui podia ser substituído pela grande maioria dos actores secundários da actualidade, que não se perdia nada. Eve está segura, mas também não se lhe pede nada de extraordinário, acabando por ser Logan Marshall-Green (de “Prometheus“) a conseguir assegurar os momentos mais interessantes. O que chateia mais aqui é que, com um argumento mais bem trabalhado e uma realização menos atabalhoada, este podia ser um grande thriller. Assim não passa de um banal filme de domingo à tarde.

Classificação: 2/5

Honeymoon Suite” de Zao Wang;

Rabbitland” de Ana Nedeljkovic e Nichola Majdak;

Shield Of Straw” de Takashi Miike.

Não assisti à sessão que exibiu estes três filmes porque não acabaria antes de começarem os Óscares.

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