Terminou este domingo mais uma edição, a quarta, do “Porto 7 – Festival Internacional de Curtas-metragens do Porto“. E é justo dizer-te que o festival caminha a passos largos para ser uma das referências no género em Portugal. Por um Rivoli que pecou quase sempre por uma audiência escassa, passaram belíssimos filmes (e outros não tão bons, como é normal), convidados portugueses e internacionais, os cinéfilos do costume e um staff que, mais uma vez, demonstrou uma simpatia e amor à camisola exemplares. Na cerimónia de encerramento que decorreu no Hard Club, foram entregues muitos prémios e menções honrosas do festival. A começar por estas últimas, foram distinguidos Tanel Toom (já falei dele aqui), Igor Spacek (já faz parte da mobília, este criativo e multifacetado artista brasileiro), O secretário da Cultura de Atibaia, Edson António Gonçalves (Beleza), o Hard Club e Né, dos Barrako 27.
Nas sessões competitivas, os prémios foram mesmo para alguns dos mais marcantes filmes do festival:
Animação:
Menção honrosa – “Les bessones del carrer de Ponent“, de Marc Riba & Anna Solanas, Espanha
Melhor filme – “Conto do Vento“, de Claudio Jordão e Nelson Martins, Portugal
Videoclips:
Melhor videoclip (ex-aequo) – Eatliz – “Lose This Child“
Melhor videoclip (ex-aequo) – Big Mama – “Demolition Disco”
Menção honrosa – Barrako 27 c/ Buli 2B – “Eu Quero A Liberdade Jah”
Nacional:
Menção honrosa – “Temperar a Gosto“, de Susana Neves, Portugal
Melhor Filme -“A Parideira“, de José Miguel Moreira, Portugal
Ficção:
Menção honrosa – “Via Gori“, de George Barkakadze, Austrália
Melhor actor -“Peliculeros“, de Jose Lobillo, Espanha (actor – Luifer Rodriguez)
Melhor argumento – “The Astronaut On The Roof“, de Sergi Portabella, Alemanha
Melhor Filme – “Picnic“, de Gerardo Herrero, Espanha
Foram ainda entregues três menções honrosas do festival para documentários portugueses:
“A Ria, a Água, o Homem” de Manuel Barbosa
“Setúbal, Uma Galinha Que Não Canta” de António Aleixo
“Electrodoc” de Fábio Mota
Uma palavra também para a excelente qualidade dos filmes extra-competição, exibidos nas sessões da tarde e que mereciam ter tido mais público. O Francisco Lobo de Ávila e a Elsa Santos Costa estão de parabéns pela organização de mais esta edição de um festival que, espero eu, tenha uma longa vida.
Uma última nota, desta vez pela negativa, para a Câmara Municipal do Porto e a sua continua falta de respeito pela cultura. Não se admite que um equipamento publico ao serviço da cultura, como é um teatro municipal, tenha uma qualidade de projecção multimédia tão fraca. Isso dificulta a tarefa a quem quer fazer algo pela cultura na cidade, a organização do “Porto 7” neste caso, e lesa o público que é privado das melhores condições de acesso à cultura. É que nem era preciso muito…
Boa tarde,
Podem-me dizer quem foi o vencedor e o menção honrosa da competição de videoclips? Não sei o que se passa com o site do Porto7 que não consigo aceder…
Olá Manuel. Já actualizei o artigo com a lista completa e os prémios específicos. Obrigado pela tua visita.