“The Ugly Truth” – Trailers

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Não tenho nada contra as comédias românticas enquanto género cinematográfico, não tenho nada contra nenhum género cinematográfico. Há excelentes filmes em qualquer género, e péssimos também. A questão com as comédias românticas é que facilmente descambam num mau filme, e é mais fácil encontrar uma má comédia romântica do que uma boa. Tem a ver com a sua fórmula, que é um pouco fechada e que não dá muita margem de manobra para a criatividade. E, sendo franco, nos primeiros minutos de filme já sabemos como vai acabar. Até no trailer. A surpresa não é portanto atributo das comédias românticas. E para se tirar partido de uma, é preciso ter uma dose de romantismo a correr-nos nas veias. E, se os poetas dizem que todo o romantismo é parvo, nem todas as comédias românticas o são (quem não se lembra de “When Harry Met Sally“?). Posto isto, não tenho nada contra as (boas) comédias românticas. “The Ugly Truth” é apenas isso mesmo, uma comédia romântica, que nos pretende divertir e, ao mesmo tempo, ficar com vontade de nos enroscar na pessoa amada. Tem, à partida, alguns trunfos de peso: 2 bons actores (fundamental, e uma má comédia romântica começa por falhar aqui), muitas considerações sobre a diferença entre sexos e um triângulo amoroso no epicentro da estória. Além disso, a falta de interesse inicial dos protagonistas um no outro, ajudam ao tal twist previsivel que vêm em todos os manuais do género. Variar de protagonistas também ajuda ao sucesso, ninguém quer ver mais uma comédia romântica com Meg Ryan e Tom Hanks ou Kate Hudson e Matthew McConaughy. Aqui, temos Katherine Heigl e Gerard Butler. Ela, estrela de “Grey’s Anatomy“, e já com algumas comédias românticas no currículo. Se fosse vivo, ou ela tivesse 70 anos, Hitchcock teria usado e abusado dela nos seus filmes, é a típica loira hitchcockiana (linda, cheia de curvas e contracurvas capazes de despistar qualquer um e inteligente q.b.). Ele, tenta aqui o género, depois de “300” ou “O Fantasma Da Ópera“. E, pelos trailers, a combinação resulta, o que é meio caminho andado. Depois há o humor, as considerações sobre as diferenças entre sexos (o poster é brilhante, diferenciando onde começa o amor nos homens e nas mulheres) e as situações embaraçosas na procura de seduzir o nosso objecto de desejo. Está tudo cá. Pode não ser muito, mas se não defraudar as expectativas e não aborrecer o espectador, pode ser uma comédia romântica a considerar.

Hoje saiu o trailer B, mas não acrescenta muito ao primeiro, que até é mais alegre e movimentado, muito por culpa da irritante canção de Mika, que aqui até resulta em cheio. Por isso mesmo, deixo-vos aqui os dois…

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