Foi, para mim, uma das grandes surpresas do último Fantasporto. Em “As Múmias do Faraó – As Aventuras de Adèle Blanc-Sec“, adaptação da BD em que Luc Besson volta a deslumbrar e a entreter como há muito não o fazia, mais concretamente desde “O 5º Elemento“. E, se é facto que aqui joga num campeonato à parte de “Nikita” ou “Léon – O Profissional“, também é facto que, nesse campeonato, “As Múmias..” é um excelente filme.
No início da segunda década do século XX, Adèle é uma romancista aventureira que parte para o Egipto em busca de uma múmia em particular: Patmosis, o médico pessoal do faraó Ramsés II, na esperança de que, depois de ressuscitado, ele possa curar a sua irmã gémea, em estado vegetativo depois de um acidente causado por Adèle.
Estamos pois no campo do fantástico, mas com ramificações nos géneros de aventuras, policial e sobretudo comédia. E é isto que “As Múmias…” é: uma deliciosa comédia de costumes e de época, com uma extensa e delirante galeria de personagens, situações insólitas e muita diversão.
E é no aspecto da diversão que Besson sobe a fasquia, não olhando a meios para conseguir uma magnífica reconstituição de época e uma galeria de criaturas fantásticas que, mais do que credíveis, remetem para o imaginário da BD original. Raramente se vê no cinema europeu um filme tão dependente do trabalho digital, mas Besson mostra estar perfeitamente à vontade no género, usando-o para fortalecer a narrativa.
Como no filme futurista, aqui Besson não revela logo a narrativa principal nem as motivações da personagem titulo. Antes, diverte-se a povoar a narrativa de situações e personagens que, apesar de secundários, lhe dão corpo e ajudam a definir o tom do filme. Um ptérodáctilo, muitas múmias, um cientista louco, vários polícias incompetentes, políticos impotentes e um jovem pateta apaixonado, entre outros, dão pano para mangas em situações hilariantes onde se funde o retrato da época com a actualidade (a tirada do faraó em relação ao Louvre ou o desfecho que sabemos que terá a viagem de férias de Adéle são exemplo de dois momentos deliciosos).
Resumindo, “As Múmias do Faraó – As Aventuras de Adèle Blanc-Sec” é um muito bom exemplo de que o cinema é universal, não havendo géneros mais propícios a um país ou língua, bastando para tal haver meios, competência e criatividade. É também mais uma prova inequívoca de que o Luc Besson produtor e o Luc Besson realizador não são, definitivamente, a mesma pessoa.
Classificação: 4/5
Gostei muito do filme, acho que é muito giro quando a mumia fala com ela
e tambem gostei quando as mumias foram dar uma volta pela cidade e o homem desmaiou,
e tambem quando ela se desfarçou para tirar o professor da prisão, e a ultima vez correu bem só que ele já n estava lá: acho essa parte foi para rir.
Acho qua as outras pessoas se forem ver o fime tambem vão gostar de ver:acho eu.
Mas o filme é muito interesante para as crisnças e adultos.
Espero que gostem do meu comenteario.
Gostei mais do filme do que dos álbuns de BD.
eu ADORO este filme, melhor que toda a saga atual da múmia, ahahah!
diverte muito bem, eu morro de rir com as piadas, e não tem como não simpatizar com Patmosis (engenheiro nuclear, hauashaushau).