A Arte de Tim Burton no MOMA.

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Tim Burton’s The Nightmare Before Christmas storyboard – 1993.
Esferográfica, marcador e lápis de côr sobre papel –  12.7 x 17.8 cm.

Para quem é fã de Tim Burton e sempre quis ir a Nova Iorque, aproxima-se a altura ideal. De 22 de Novembro a 26 de Abril do próximo ano, o Museum Of Modern Art vai exibir uma grande retrospectiva do trabalho do realizador Americano. Serão expostos mais de 700 trabalhos que compõem a obra de Burton nas suas várias vertentes: como realizador, produtor, escritor, e artista conceptual para filmes de imagem real e animação, assim como os seus trabalhos como escritor, fotógrafo e ilustrador. Tendo começado a sua carreira profissional como desenhador na Disney (foi animador no filme “Papuça e Dentuça” de 1981), o trabalho plástico sempre foi uma importante ferramenta de trabalho de Burton, na idealização e concepção dos seus trabalhos cinematográficos. A exposição vai contar com trabalhos em inúmeros suportes, desde o papel à tela e ao celulóide. O MOMA divulgou algumas imagens dos trabalhos a exibir:

Sem Título (Rapariga Azul Com Crâneo) – 1992–1999.
Polaroid – 83.8 x 55.9 cm.

Rapariga Azul Com Vinho – 1997.
Óleo sobre tela – 71.1 x 55.9 cm.
Colecção Privada.

Sem título (Eduardo Mãos-De-Tesoura) – 1990.
Esferográfica e lápis sobre papel – 36.2 x 22.9 cm.

Sem Título (Frankenweenie) – 1982.
Esferográfica, marcador e carvão sobre papel – 27.9 x 33 cm.

Sem Título (Marte Ataca!) – 1995.
Aguarela e pastel sobre papel – 43.2 x 35.6 cm.

Sem Título (A Morte Melancólica do Rapaz Ostra & Outras Estórias) – 1982–1984.
Esferográfica, marcador e lápis de côr sobre papel – 25.4 x 22.9 cm.

Sem Título (Trick or Treat) – 1980
Esferográfica, marcador e colagem em painel – 38.1 x 38.1 cm.

É, sem dúvida, um excelente cartão de visita para a fantástica obra de Burton. A visitar…

Para quem (como eu) não terá possibilidade de lá ir, deixo aqui 2 sugestões. A primeira é um pequeno e delicioso livro de contos chamado “A Morte Melancólica do Rapaz Ostra & Outras Estórias” de 1997. É um livro maravilhoso repleto de personagens admiráveis, enternecedoras crianças desajustadas que se esforçam por ser amadas e aceites nos seus mundos terrivelmente cruéis (assim como Eduardo Mãos-de-tesoura, Jack e muitos outros personagens do seu universo). A escrita é simples e em verso, e os desenhos são pequenas obras de arte que amplificam a estória em densidade, ternura e, porque não dizê-lo, horror. Por cá, teve uma 1º edição pela Errata edições em 2000, com uma belíssima capa dura preta e ilustração a bordeaux (um dos objectos da minha colecção de que mais me orgulho), e está actualmente disponível numa edição “normal” da Antígona. Aqui vos mostro uma das minhas estórias preferidas do livro:

A segunda, é o primeiro filme de Tim Burton, realizado a meias com Rick Heinrichs. É uma maravilhosa fábula, em verso, sobre mais uma enternecedora criança desajustada, Vincent, que se esforça por ser amada e aceite no seu mundo terrivelmente cruel, e que tem um sonho: Tornar-se no seu ídolo Vincent Price. O filme, além de uma homenagem a Price, que também é o narrador, é uma homenagem a outro ídolo de Burton, Edgar Allen Poe. É impossível não ver as semelhanças entre “O Corvo” de Poe e o texto de “Vincent“. O filme estreou por cá antecedendo “O Estranho Mundo De Jack” e faz parte dos extras do DVD do filme. Não é o mesmo que ir ao Moma, mas ficamos um bocadinho menos tristes…

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