Depois de “French Roast“, este é o segundo dos cinco nomeados para o Óscar de Melhor Curta-Metragem de Animação. Chama-se “Granny O’Grimm’s Sleeping Beauty“,e é o primeiro de uma série de filmes em que uma avó aparentemente inofensiva conta a um dos netos uma estória de embalar. Escrito por Nicky Phelan (que é também o realizador) e Kathleen O’Rourke (que dá também voz à personagem do título), é um filme que infelizmente não vai muito além da sua premissa.
A estória deste primeiro filme é “A Bela Adormecida” e a pequena ‘vítima’ é a neta da aparentemente adorável senhora. O site oficial da série descreve-a como uma mulher atormentada, depois de uma vida de ódio contra o mundo e tudo o que ele contém. O objectivo deste filme (e dos que se seguirão), é encontrar nos contos dos irmãos Grimm pretextos para as explosões de raiva da senhora. Só que tudo é inconsequente e nem há um 3º acto, uma moral que se imponha à redundância da premissa.
E é uma pena que uma animação tão prodigiosa seja desperdiçada num argumento tão tosco. O filme combina animação 3d (a realidade, onde a estória é contada) e 2d (o mundo de faz-de-conta onde a estória se passa). Tudo é impecávelmente bem executado, desde o desenho, a iluminação e o ritmo narrativo. Peca pelo argumento e pela interpretação excessiva de O’Rourke. Parece que a academia se deixou levar pelo embrulho e se esqueceu do conteúdo, nomeando este filme Irlandês e esquecendo o brilhante “Partly Cloudy” da Pixar. Tenho pena...
Aqui fica o filme para (como se diz por esta altura em Hollywood) vossa consideração.